segunda-feira, 17 de junho de 2013

  COMPARTILHANDO IDEIAS...


 
 
Situação de Aprendizagem –“Meu primeiro beijo” , Antonio Barreto

Público alvo 9º anos

Objetivo: debater o tema do primeiro beijo, fazer inferências no texto lido, localizar informações, intertextualidade.

Recursos: data show, rádio, folhas sulfite, dicionários, internet, cartolina (mural)

 

Com atenção ouçam a música “Um primeiro beijo”, Paula Toller e tentem identificar o tema da música.

 

- Letra de música

Um primeiro beijo Paula Toller

Um primeiro beijo
Se acontecesse
Se a gente se encontrasse
Como ia ser?
Como saber?
Antes de nos conhecer
Quiçá beijar
Pensar em beijo
Pra confessar
Nem ao menos sei seu nome
Nem ao menos sei seu nome

Mas foi só um sonho
Sem o lado avesso
De outros primeiros beijos
Foi tão romântico
Nós nos beijando no espelho

Nós nos beijando
Foi tão romântico
De outros primeiros beijos
Sem o avesso
Mas foi só um sonho
Nem ao menos sei seu nome
Nem ao menos sei seu nome

Pra confessar
Pensar em beijo
Quiçá beijar
Antes de nos conhecer
Como saber?
Como ia ser?
Se a gente se encontrasse
Se acontecesse
Um primeiro beijo

 

- Divisão da sala em grupos heterogêneos oportunizando que o aluno com menos dificuldade leia para o outro que tem mais dificuldade (leitura compartilhada / grupos produtivos).

  • A partir do título : “Meu primeiro beijo”, responda:
  • Que tipo de beijo teria sido dado? Quem teria beijado pela primeira vez?
  • Quais seriam as sensações de alguém que vai beijar pela primeira vez?

 

Durante a leitura

 Grife no texto as palavras que você não conhece o significado, para depois procurá-las no dicionário.

Meu Primeiro Beijo

Antonio Barreto

É difícil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem com quem? Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos exatamente o que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim...

RESPONDA:

1) O que seria um menino com “cultura inútil”?

 
Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta tinha me mandado um dos seus milhares de bilhetinhos:

"Você é a glicose do meu metabolismo.

Te amo muito!

Paracelso"

E assinou com uma letrinha miúda: Paracelso. Paracelso era outro apelido dele. Assinou com letrinha tão minúscula que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de mulher...E também não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele, mesmo sem saber que tipo de lance ia rolar.

No dia seguinte, depois do inglês, pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus, veio com o seguinte papo:

- Um beijo pode deixar a gente exausto, sabia? -Fiz cara de desentendida.

Mas ele continuou:

- Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias e acelera o coração de 70 para 150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou na minha mão. Mas continuou salivando seus perdigotos:

- A gente também gasta, na saliva, nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina; 0,18 g de substâncias orgânica; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo menos 250 bactérias...

Aí o bactéria falante aproximou o rosto do meu e, tremendo, tirou seus óculos, tirou os meus, e ficamos nos olhando, de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem os óculos, seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz, fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os meus. Primeiro de leve, depois com mais força, e então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns segundos.

E de repetente o ônibus já havia chegado no ponto final e já tínhamos transposto , juntos, o abismo do primeiro beijo.

Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão do prédio, e aí ficamos apaixonados por vária semanas. Até que o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o tempo se esqueceu do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram...e foi ficando nisso. Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível!

BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo. Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD,

1977. p. 134-6.

 

2) Comentem a frase “o tempo se esquece do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram... e foi ficando nisso”. O que teria acontecido com as personagens?

 

Depois da leitura

3) Reflita:

a) Vocês já conheciam esse texto? O que acharam dele?

b) Qual o tema tratado no texto?

c) O que há em comum entre o texto lido e a música que vocês ouviram no início da aula?

d) Ao ver de vocês qual o público alvo desse texto? Explique.

e) O texto é narrado em primeira ou terceira pessoa? Justifique a resposta com trecho do texto.

f) Quais são as sensações da narradora ao beijar pela primeira vez?

g) A que gênero textual pertence esse texto? Justifique.

h) Quanto tempo se passou entre o recebimento do bilhete e o primeiro beijo?

 

 4) Que opção melhor retrata o tratamento dado ao sentimento amor no texto?

(   ) O amor infinito, disposto a enfrentar qualquer barreira.

(   ) O amor como sentimento não correspondido, vivido e sofrido por apenas um ser.

(   ) O amor como descoberta feita por dois seres, que vão tirando lições das histórias vividas.

(   ) O amor idealizado, perfeito, fruto de uma paixão ardente que nunca se acaba.

 

5) Pesquise um poema, um conto, letra de música, e outras imagens em que tenham como tema o primeiro beijo. A partir do material selecionado será produzido um mural na escola sobre o tema: “Meu primeiro beijo”.

 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

 

NOSSAS INESQUECÍVEIS EXPERIÊNCIAS COM A LEITURA E ESCRITA...


Olá colegas!!! Que bom que consegui a tempo!!!!

Sempre gostei muito de escrever, também tive ótimos professores, que me ensinaram muito, adorava ler histórias, brincar de escolinha...minha mãe é professora e isso também colaborou pra que eu tivesse gosto por ler e escrever, tinha muitos livros em casa, minha mãe sempre comprava. 
Tive vários episódios em minha vida que me marcaram muito. Quando eu estava na 3° séria minha professora se chamava Valdineia e não me recordo o nome agora era um livro que contava a história de um animalzinho....como era, onde morava, do que se alimentava. Depois nós tivemos que produzir um livrinho falando sobre um animalzinho....Não sei o que me fez escrever sobre uma barata, mas o meu livro se chamava: " A barata Fifi". Adorei fazer aquele trabalho, falar sobre a casinha dela, o que ela comia, desenhei ela...Mas nunca gostei de barata, não, apenas escrevi sobre ela. Me recordo também que minha escola participou de um projeto sobre a Semana do Exército, no qual tinhamos que escrever uma poesia sobre o tema. Quem fizesse a melhor poesia receberia um certificado ... e escrevi e fui  premiada... ganhei o certificado sobre a semana do Exército... Tenho até hoje guardado.
 
  Escrevo até hoje, apesar de não ter muito tempo, mas gosto de escrever sobre mim, de escrever dos meus sentimentos .... 
                                              Abraço a todos.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Minhas primeiras experiências com a Leitura e a Escrita

Lembro-me do meu primeiro dia de aula no sítio onde passei minha infância, usava um meigo penteado de menina que minha mãe com muito esmero e apuro sempre aprontava em dias especiais de passeio. Vestia minha melhor calça jeans e ainda consigo me lembrar dos detalhes cor-de-rosa do tênis da Xuxa que eu calçava. No rosto dela havia um sorriso de orgulho, de quem estava concretizando em mim um sonho que jamais pudera realizar. Esse meu primeiro contato com a escola foi impossível de não lembrar dentro deste contexto.

Minha primeira palavra - não sei exatamente – talvez tenha sido meu próprio nome, talvez... Tenho lembranças que se confundem no tempo juntamente com a dissílaba e bela palavra “amor”. Devo as ter aprendido na mesma época, é provável.

Já na segunda ou terceira série mais ou menos, minha jovem professora primária também teve lugar garantido em minha memória. Recordo-me dela nos falando sobre a ‘frase’ e nos pedindo para formá-las.

“Frases?! Como assim?” – pensava.

_ Professora, o que é uma frase? – perguntei-lhe curiosa.

_ Uma frase pode ser qualquer enunciado – (na verdade acho que ela usou a palavra “coisa”). Se eu disser, por exemplo, “Vá ao armário pra mim” é uma frase – explicou-me com aquela admirável simplicidade de professora primária no recinto de sua arte. Eu nunca mais me esqueci desse momento, não sei por que...

Entendi o que significava, e assim comecei com grande empenho a formá-las: “A casa é bonita”, “O céu é azul”...

A essa altura já sabia ler e escrever, com letras quase que geométricas. “Uma graça!” diziam-me os adultos.

Certo dia...

- Josi – disse-me uma fiel coleguinha do sítio – Você sabe ler?

- Sei – respondi-lhe com tom altivo na voz.

- Leia pra mim aquela frase no muro – pediu-me.

Li - com todos os engasgos que tinha direito - mas li. No que ela então me respondeu:

- Poxa! Não entendi nada!

Isso também me marcou de alguma forma. Como ela poderia me dizer uma coisa daquelas? Se não entendeu nada a culpa era só dela que não sabia entender.

Mais tarde, com mais ou menos 10 anos, comecei a ler uns livros que minha mãe havia comprado de um viajante que fora ao sítio vender enciclopédias.

Comecei a lê-los, e então conheci Sigmund Freud, autor da Psicanálise. Havia três interessantíssimos volumes sobre psicologia no meio de tantos livros enormes. Adorava... Lia-os para minha querida mãe. Desta vez eu já conseguia ler tudo certinho, bem corrido, porém, mesmo assim, ela nada entendia sobre o que eu dizia, as palavras pareciam difíceis demais. Entretanto, eu já achava o máximo todas aquelas teorias sobre o comportamento humano, as descobertas sobre os porquês dos traumas, as explicações sobre os significados dos sonhos... Um dos títulos que eu mais gostava era ‘Complexo de inferioridade’. “ERA ISSO!!!” – pensei.

- Mãe, presta atenção nisso! É isso que a senhora tem! Olha só! É por isso que reclama de tudo.

- Que? Lê mais devagar – ela me pedia, tentando entender aquele meu jeito esquisito de falar.

Eu lia tudo de novo, só que mais pausadamente, no entanto ela se cansava rápido: “Para com isso, vai! Não tô entendeno nada!”

Apesar disso, nunca mais deixei de me encantar com a Psicologia.

Posteriormente, encantei-me com as histórias de Ziraldo, Monteiro Lobato, depois com as de Machado de Assis, Eça de Queirós, José Saramago...

Já na faculdade, deleitei-me com as poesias de Florbela Espanca... E a partir daí, nunca mais parei de imaginar.

Cheguei a escrever na revista científica da faculdade sobre o livro “Água Viva”, de Clarice Lispector. Foi uma experiência incrível.

Acho que é por essas e outras que até hoje não tenho dúvidas de que a imaginação caracteriza-se em um alimento para o cérebro dos mais deliciosos.

Josiane de Fátima Mosca Manzini
LEMBRANÇAS...

Lembro-me quando criança dos momentos de leitura bem agradáveis que meu pai me proporcionava. Tinha em casa uma coleção de livros de contos de fadas, coleção Vagalume. Todas as noites meu pai lia um ou um trecho de algum deles para mim e eu ficava imaginando: como seriam àqueles castelos e àquelas princesas...

Muitas vezes eu quis ser um daqueles personagens e de me entregar a uma aventura daquelas em que o final feliz já estava escrito e não tinha como mudar.

Em alguns momentos, mesmo sem saber ler, era eu quem contava as histórias: via os desenhos e ia imaginando o que estaria acontecendo, depois acabava por trazer à tona alguma informação que meu pai tinha me passado um outro dia durante sua leitura.

Outro fato importante que me recordo foi que durante minha infância fui hospitalizada e meu pai todos os dias comprava um gibi da Turma da Mônica para me ler para mim, deixando aquele momento menos triste...

Depois com o tempo aprendi a ler e comecei a emprestar livros da biblioteca, então recontava as histórias através da escrita ou da fala para meus colegas ou mesmo para minhas bonecas, que na minha imaginação eram "minhas filhinhas" ou "minhas aluninhas".

Juliana Almeida

QUEM SOMOS?


Somos todos educadores e nosso blog  é resultado uma atividade do curso Melhor Gestão, Melhor Ensino, que, é curso de formação continuada para professores PEB II de Língua Portuguesa e Matemática que faz parte do Programa Educação - Compromisso de São Paulo.

"O curso tem como objetivo ampliar a formação dos docentes, a fim de que,  possam participar de maneira mais significativa das práticas atuais que abrangem leitura e escrita em diferentes situações, contextos, suportes e mídias, uma necessidade para o educador interagir de maneira mais efetiva na sociedade." (AVA)

Nosso espaço foi pensando como um ponto de encontro para todos os AMIGOS DA EDUCAÇÃO, que tenham como desejo compartilhar experiências, aprendizados, dúvidas e sugestões.

Sintam-se desde já todos convidados a participar e interagir conosco.